sexta-feira, 5 de março de 2010

ADMINISTRAÇÃO DESTROI A HISTORIA DO MUNICÍPIO



A FERROVIA FAZ PARTE DA HISTOIRA DO POVO DE SENADOR CANEDO
CONHEÇAM UM BREVE HISTÓRICO DA FERROVIA- E. F. Goiaz (1950-1965)V. F. Centro Oeste (1965-1975)RFFSA (1975-1996)
SENADOR CANEDO
Município de Senador Canedo, GO
Linha-tronco - km 403,625 (1960) GO-3330com trilhos Inauguração: 07.09.1950
Uso atual: fORSEC - biblioteca - CURSOS DE ARTES - SALÃO DE REUNIOES
HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco da E. F. Goiaz foi aberta a partir de Araguari, onde já estavam os trilhos da Mogiana desde o ano de 1896, em seu primeiro trecho em 1911, até a ponte sobre o rio Paranaíba, na divisa entre os Estados de Minas Gerais e Goiás. A partir de então, foi aquela demora de sempre: avançando lentamente, atingiu Goiânia, capital do Estado de Goiás desde o início dos anos 1940, somente em 1950, e alguns anos mais tarde a linha foi prolongada em dois quilômetros até Campinas de Goiás. Aí parou. Com a entrada em operação da linha para Brasilia, a partir da estação de Roncador, o trecho até Goiânia perdeu em importância. Hoje boa parte da linha está em operação para trens cargueiros: trens de passageiros acabaram nos anos 1980.
A ESTAÇÃO: A estação de Senador Canedo foi inaugurada em 1950. Há hoje duas estações, a velha (original de 1950) e a nova. A estação velha possui trilhos está em mau estado de conservação e abriga a ONG FORSEC – Fórum Social e Comunitário de Senador canedo ( entidade que luta pela preservação das estações e pelo tombamento destas áreas e sua recuperação como Patrimônio Histórico do Município de Senador Canedo, pois foi através desta linha férrea que originou-se a cidade). O pátio da estação de Goiânia foi desativado nos anos 1980 e por isso foi construído um pátio e a estação nova de Senador Canedo, que na verdade foi construído parcialmente, isto é, apenas as linhas. Depois de ser desativada pela RFFSA, a estação velha passou a ser depredada e hoje a estação vem sendo administrada pela ONG (FORSEC, Forum Social e Comunitário de Senador Canedo), a FORSEC entrou na área para quardá-la e preserva-la, já que, as autoridades locais do recente município não lhe deram a devida atenção, pois foi a partir da referida estação que a cidade se desenvolveu. A plataforma de embarque, a ONG mantém no prédio, agora denominado Estação Cultura, uma biblioteca e um salão de reuniões para a comunidade. A ONG tem pleiteado junto as autoridades do Estado a reativação da linha com um trem turistico e cultural, e a preservação o tombamento e a recuperação dos prédios antigos que são Patrimônio Histórico e Cultural da cidade. "Na estação velha, ainda parte da linha, isto é, as com posições simplesmente só passam por ela para atingir a nova que se situa a uns 3 km após. Soma-se a isto o mau estado de conservação e estar com todas as portas fechadas" (Roberto Fonseca Dias, 12/2006). Fora isso, em 31 de outubro de 2007, a ANTT decidiu aceitar a devolução - por parte da FCA, atual concessionária do trecho - do trecho entre Senador Canedo onde está o chamado "Pool de Combustíveis", e o Moinho Goiás, ou seja, um trecho de 4,5 km que, em parte, era da linha original Senador Canedo-Goiânia e em parte, um trecho de um ramal que saía dele, unidos depois que a maior parte da linha para Goiânia foi erradicada. Enfim, o "pool" ainda utiliza a linha, o Moinho, não: "Com a desativação da estação de Goiânia e demolição da ponta da linha, restou apenas o tronco até o Moinho Goiás (adquirido pela Cargill). Nos fundos do Moinho Goiás (Emege) havia um pátio, na verdade duas linhas com balança e um desvio morto até o interior do moinho, utilizados pelo próprio moinho e também pela Ferrobraz (metalurgica) para descarga de bobinas de aço nos tempos da RFFSA, atualmente sem uso, já que apenas o pool de combustíveis está recebendo cargas via ferrovia - óleo grosso, basicamente. Hoje a FCA define como fim da linha tronco o pátio de Leopoldo de Bulhões - bifurcação para o polo de Anápolis. De Bulhões até Goiânia é apenas ramal. Quanto ao trecho da resolução, já esta quase todo invadido, restando quase que apenas a linha sem qualquer faixa de domínio. Na ponta até os trilhos foram cobertos por barracos de uma favela" (Reney, 11/2007). Coordenadas: 16°42'50.47"S 49° 5'39.14"W
(Fontes: Glaucio H. Chaves, 2009; Roberto Fonseca Dias, 2006; Domingos Tiveron Filho, 05/2006; Reney, de Goiânia; Guia Geral de Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1948-1979)

A estação ainda em atividade, provavelmente anos 1980. Acervo Manoel Monachesi
Foto Domingos Tiveron Filho
Ao lado da estação, o antigo pátio de tratamento de dormentes, em 05/2006. Foto Domingos Tiveron Filho

A estação em 11/2006. Foto Roberto Fonseca Dias
LINHA NOVA V. F. Centro Oeste (1965-1975)
RFFSA (1975-1996)
SENADOR CANEDO
Município de Senador Canedo, GO
Linha-tronco – km GO-3832
Inauguração: c.1980
Uso atual: abandonadas com trilhos
Data de construção do prédio atual: c.1980

HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco da E. F. Goiaz foi aberta a partir de Araguari, onde já estavam os trilhos da Mogiana desde o ano de 1896, em seu primeiro trecho em 1911, até a ponte sobre o rio Paranaíba, na divisa entre os Estados de Minas Gerais e Goiás. A partir de então, foi aquela demora de sempre: avançando lentamente, atingiu Goiânia, capital do Estado de Goiás desde o início dos anos 1940, somente em 1950, e alguns anos mais tarde a linha foi prolongada em dois quilômetros até Campinas de Goiás. Aí parou. Com a entrada em operação da linha para Brasilia, a partir da estação de Roncador, o trecho até Goiânia perdeu em importância. Hoje boa parte da linha está em operação para trens cargueiros: trens de passageiros acabaram nos anos 1980.

A ESTAÇÃO: Há hoje duas estações com o nome de Senador Canedo, a velha (original de 1950) e a nova. Uma está a três quilômetros da outra, ambas abandonadas. Nas suas proximidades ainda existem várias ruínas ferroviárias, incluindo uma antiga fábrica de dormentes, que aplicava creosoto como tratamento químico da madeira. A estação fica nas terras que pertenceram ao fazendeiro Antônio Amaro da Silva Canedo, que foi senador da República Velha. O pátio da estação de Goiânia foi desativado nos anos 1980 e por isso foi construído um pátio e a estação nova de Senador Canedo, que na verdade foi construído parcialmente, isto é, apenas as linhas. As demais construções (silos, oficinas e docas) nunca saíram do papel, assim como a maior parte da grande área central do antigo pátio de Goiânia. Os últimos trens de passageiros para Goiânia, parece que em março de 1986, chegaram na verdade somente até Senador Canedo-nova, pois, daí para a frente, já estava na época tudo desativado. "A estação nova situa-se a cerca de 3 km da velha, sentido Goiânia: depois da velha, entre elas existem diversos terminais de combustíveis, sendo o principal o da Petrobrás. Portanto, estão em pátios diferentes; apesar da velha possuir um imenso pátio porém sem desvios e em completo abandono. Já a nova possui um grande pátio , é estaçao da FCA, apesar de estar semi-abandonada, pois nota-se que algumas partes depredadas e no dia da foto não encontrei ninguém na estação. Possui um imenso pátio com diversos desvios com grande quantidade de vagões estacionados" (Roberto Fonseca Dias, 11/2006). Em março de 2008, o matagal tomava conta de boa parte do pátio. Prefixo: ECD. Coordenadas: 16°42'55.79"S 49° 6'43.04"W (Fontes: Glaucio H. Chaves, 2009; Roberto Fonseca Dias, 2006; Domingos Tiveron Filho, 05/2006; Reney, de Goiânia; Guia Geral de Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1948-1979; IBGE, 1957)

A estação em 2006. Foto Roberto Fonseca Dias

A estação em 2006. Foto Roberto Fonseca Dias

A estação em 2006. Foto Roberto Fonseca Dias

Carmelita Gomes - www.carmelitagomes.blogspot.com – carmelgomes@hotmail.com

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